sábado, 12 de fevereiro de 2011

Amigo(a)

Há coisas que nos lembramos

Que deveríamos esquecer

Há coisas que lamentamos

Que deveriam ser esquecidas, apagadas…

E todas as coisas que esquecemos sem perceber

Há sempre recordações, dias e agonias

Que voltam a ser lembradas!

Momentos indesejados

Pensamentos imperfeitos

Instantes alcançados por uma dor implacável

Que nos derrota com ironia.

Há instantes adiados

Há instantes apertados em cada peito

De todos os seres e sujeitos

Ora rudes, ora afáveis

Que nos faz amar ou odiar

Que faz ser quem somos

Numa vida sem harmonia.

E por fim…

O que resta de mim ou de ti?

O que resta de cada um de nós

Que ocupamos o mesmo chão

Num mundo em contra-mão

No mais puro egoísmo universal?

Estamos sempre a tempo de mudar e lutar!

Atingir a plenitude de cada um de nós

Com a força de um grito que não sai

Dar a palavra a quem não tem voz

Estender a mão a quem tropeça e cai…

E apagar com a borracha do tempo,

A quem disse ou nos fez mal.

Volta ao mundo como nasceste

Despe o ódio que te veste

Aprende a sofrer sorrindo

E ensina a sorrir os que a teu lado sofrem.

Segue o caminho dos teus sentidos

Caminha sentindo a terra aos pés…

Transforma um pesadelo, num sonho lindo

Ressuscita a mente dos que morrem

E volta a ser quem és!

Ajuda a caminhar o cego que não quer ver

Solta da prisão, um coração que quer partir…

Procura num (não) entender

As razoes indistintas das coisas

E pinta no teu quadro, um mundo de novas cores

O (sim) que a vida tem para se colorir!

Não deixes que a tua porta se feixe

Não deixes que a tua alma aceite

Tormentos que a cada dia te tomba!

Vai á luta com as mãos que Deus te deu

Acende de novo a chama que em ti se perdeu!

E mesmo assim…

Ainda que toda a luz de ti, pareça fugir

Ainda que o sol do teu mundo, teime em se extinguir

Eu estarei sempre aqui…

E serei a tua sombra!

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